
“Quem deixar de aprender tem de deixar de ensinar”
Uma análise de um comentário de Teotónio Lima
Não pode haver mudança, progresso, ou transformação, se nos fecharmos numa rotina e esperarmos que aquilo que ontem deu resultado num problema sirva eternamente como solução e possa ser aplicada nas situações que, no futuro, venham a acontecer.
O quadro de preparação desportiva próprio do Desporto e do Basquetebol em particular, com os métodos e as tendências que o caracterizam, assim como às ciências que lhe estão mais próximas, embora possuindo um lastro de conhecimento e de sabedoria que não perde validade, estão, no entanto, numa permanente transformação, facto que não pode ser omitido nem marginalizado, exigindo ao treinador comportamentos proactivos no sentido da recolha dessa nova informação e do seu tratamento, no sentido de a transformar em conhecimento e poder aplicá-lo na preparação dos jogadores.
Mas essa aprendizagem não se circunscreve aos processos formais, com base em cursos e outras ações de formação, nem mesmo à procura de informação na enorme quantidade de fontes que hoje temos ao nosso dispor.
Também em cada sessão de treino o treinador encontra uma oportunidade para aprender, com aquilo que fez, com as reações dos seus jogadores às suas propostas, com o sucesso ou o insucesso das soluções que foram aplicadas e, através disso, através da observação atenta e refletida daquilo que realizou e dos efeitos produzidos, com a aprendizagem que esses momentos lhe proporcionam, poderá o treinador tornar-se melhor e assim, ter melhores condições para continuar a ensinar.