“Não esperem que a vossa equipa siga os vossos conselhos e ignore o vosso exemplo”

Uma análise de um comentário de Basketball Sense

Muitos são aqueles que defendem a ideia contida no aforismo “faz o que eu te digo, não faças o que eu faço”, relevando com isso a função da palavra quando se está a tentar condicionar o comportamento de alguém.

 

Contudo, quem quiser ter uma intervenção com verdadeiras preocupações educativas e pretenda deixar marcas naqueles de cuja formação seja, mesmo que parcialmente, responsável, não pode seguir por esse caminho.

 

O treinador assume uma função educativa de inegável valor, em diferentes facetas, pelo que o exemplo que fornece aos seus jogadores, sobretudo através dos seus atos, tem de estar em perfeita coerência com aquilo que ele afirma e com os valores e as atitudes que defende como sendo as mais corretas, resultando daqui, em grande parte, o respeito que gostaria de ver os jogadores demonstrarem para consigo.

 

Devemos estar conscientes que há limitações, que a nossa influência vai por vezes sobrepor-se à de outros adultos também com significado para os jovens e que essas influências podem não ser convergentes. De qualquer maneira é bom estar ciente do lugar privilegiado que o treinador ocupa nestas matérias junto dos seus jogadores.

 

Assim, se quer ver entusiasmo nos jogadores, o treinador tem de ser o primeiro a demonstrar esse entusiasmo.

 

Se queremos empenho e disciplina no trabalho por parte dos jogadores, sejamos capazes de demonstrar, em cada dia, o nosso empenho e a forma organizada como trabalhamos.

 

Se queremos que os atletas se preocupem com a execução correta dos elementos técnico-táticos do Basquetebol e a valorizem, sejamos nós, treinadores, durante os treinos, os primeiros a mostrar a importância que damos a esses pormenores, através da forma como intervimos nos exercícios.

 

Se desejamos ver os jogadores a respeitar os adversários e os árbitros, então, sempre que nos referirmos a eles e em particular durante os jogos, demos mostrar a consideração e respeito que temos por estas pessoas que, connosco, participam na modalidade.

Comentado por Prof. Jorge Adelino
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